O vice-governador Daniel Vilela afirmou, nesta segunda-feira (25/03), que tem como uma de suas principais missões de vida “transformar a realidade” em que hoje vivem os produtores de leite no estado. Ele e o governador Ronaldo Caiado, além de parlamentares e presidentes de entidades de classe, se reuniram com a categoria na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
A declaração do vice-governador tem como contexto as atuais dificuldades enfrentadas pelo setor, causadas principalmente pela forte importação de leite pelas indústrias e empresas do ramo – iniciativa que, por tabela, reduz o preço de venda da matéria prima no mercado interno. Na Faeg, Caiado sancionou o projeto de lei 4.332/24, de autoria do Poder Executivo, que traz medidas para proteger a cadeia leiteira goiana, como o fim dos incentivos fiscais concedidos pelo governo goiano às empresas que importam leite de outros países.
“Vocês representam um segmento que mais emprega pessoas no Brasil. Goiás é o sexto maior produtor do país”, enfatizou o vice-governador. “O que está sendo proposto aqui pelo Governo do Estado pode não resolver todos os problemas de vocês, mas com certeza é uma demonstração de força e de união. E também sinaliza que não vamos aceitar imposição de nenhuma ordem, por parte de quem quer que seja, na produção de leite em Goiás”, destacou Daniel. “Contem comigo. Vamos juntos mudar a história desta atividade tão importante e essencial para os goianos e brasileiros”.
Ele ainda relembrou que, por determinação do governador, participou, em novembro de 2023, do início das articulações com produtores de leite e com o deputado estadual Amauri Ribeiro – representante do segmento na Assembleia Legislativa – até que, depois de várias rodadas de conversas, as partes interessadas chegassem ao projeto de lei em questão. Àquela época Daniel estava como governador em exercício.
Por último, o vice-governador afirmou que o governador Ronaldo Caiado consegue “decidir corretamente” a favor daqueles que mais precisam [do poder público] porque tem “independência moral e intelectual”, o que o credencia a agir “com coragem e inteligência”. A fala do vice-governador faz alusão à possibilidade, agora prevista em lei, da suspensão dos incentivos fiscais para quem importar leite – fato que deve provocar relativa contrariedade junto aos empresários do setor.